Essa semana tive uma nova consulta com o infecto, a primeira desde que comecei a medicação.
Mostrei as marcas nos braços e levantei a camisa, e ele se surpreendeu de haver diminuído, que aparentemente estava tudo sob controle com a medicação anti-alérgica.
Pra mim ainda está um pouco incômodo pois qualquer esforço maior, meus braços ficam bem marcados, já o corpo está bem mais clara as pintas. Ele disse que preciso necessariamente de acompanhamento dermatológico porque pode ser que o dermatologista me passe uma medicação mais eficaz e menor posologia que a hidroxizina.
Falou que essa alergia é totalmente tratável e é fora de cogitação se trocar o 3-em-1, pois as opções de retrovirais são poucas. Disse que se fosse convergir para uma síndrome de stevens johnson nem mesmo o anti-alérgico seguraria a reação, então fiquei mais tranquilo. Mas também falou que viu poucos casos de reação alérgica tão exagerada ao efavirenz, e que pode durar até....4 meses!
Apesar de ter feito exame de sífilis em dezembro quando dermatologista verificou o linfonodo na nuca, ele pediu para repetir... pois sífilis secundária apresenta pintas na pele. Enfim, novo exame de sangue em breve.
Os efeitos neurológicos do 3-em-1 praticamente desapareceram, basicamente sinto apenas um zumbido no ouvido esquerdo no meio da tarde (abstinência?), e depois de um tempo de ter tomado a noite. Meu sono já voltou ao normal, não me sinto mais tonto... nem nada mais.
Apesar de pensar que é tolerável tomar isto o RESTO DA VIDA, realmente almejo uma cura dentro dos próximos 10 anos.... acho que todo mundo. Já são muitos anos de pesquisas, e diversas linhagens de estudos... a maioria aponta que é preciso destruir os reservatórios de vírus escondidos nos CD4 de memória (que duram vários anos).
Tento deixar de pensar na palavra HIV, mas ao pensar nisso, e no impacto de associar a imagem de alguém à essa sigla. Ainda é chocante saber que não tem cura, e como esse vírus pode afastar as pessoas, o preconceito, e como ele é capaz de degradar a saúde de alguém.
Recebi a prescrição para retirar dessa vez dois meses de tratamento.